UEHP: como surgiu e o que defende
A União Europeia de Hospitais Privados (UEHP) representa, através de associações nacionais como a APHP, mais de 6.000 hospitais e clínicas de 16 países. Contudo, perceber, na plenitude, a essência desta federação formalmente constituída, em Roma, em 1991, exige conhecer os seus precursores: a União Internacional dos Hospitais Privados (UIHP) e a Confederação Europeia dos Hospitais Privados (CEHP). A fusão destas duas associações deu origem à UEHP, cuja herança mais antiga remonta a 1937, em Biarritz.
As duas associações foram concebidas por visionários que, tendo vivido as atrocidades da Segunda Guerra Mundial e a pobreza universal paralisante que se seguiu, viam a iniciativa privada como fundamental para a expansão da assistência médica de qualidade a todos os europeus.
Essas visões comuns unificaram-se, no início dos anos de 1990, e esse espírito continua bem vivo no seio da UEHP, que, tendo como principal interlocutor a Comissão Europeia, tem, hoje, os seguintes países-membros: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Hungria, Roménia, Grécia, Irlanda, Polónia, Mónaco, Bulgária, Kosovo e Ucrânia.
Os hospitais privados representam 23% do universo hospitalar europeu, com uma forte tendência de crescimento – contexto que reforça a missão de sempre da UEHP. A CEHP editara, em 1977, a declaração “Os hospitais e o mercado comum”. Em conjunto, em 1990, a CEHP e a UIHP publicaram o dossier “A hospitalização privada na CEE”. Os dois documentos, a par da “Carta Internacional da Hospitalização Privada”, publicada em 1977 pela UIHP, formatam, até hoje, os pilares ideológicos da UEHP: representar os hospitais privados na promoção da qualidade da prestação de cuidados de saúde focada nos doentes, à escala europeia.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.