Qualidade, reconhecimento, igualdade

Qualidade, reconhecimento, igualdade

Estas foram as palavras mais pronunciadas na Assembleia Geral da União Europeia de Hospitalização Privada (UEHP) – federação das associações europeias de hospitais privados – que se realizou, no passado dia 10 de março, no Lapa Palace, em Lisboa, com o apoio da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).

No seu discurso de boas-vindas, o presidente da APHP, Oscar Gaspar, começou por congratular-se por acolher esta reunião, que classificou de «estímulo à continuidade do trabalho da APHP». Referenciou também que, apesar da hospitalização privada estar no mercado, «existe em Portugal um certo preconceito em relação aos projetos privados de saúde», que se revela um desafio cultural e político «ao qual os hospitais privados respondem todos os dias com serviços de excelência», bem como com «total disponibilidade para debater com as autoridades do setor a sustentabilidade do sistema de saúde».

O professor Gabriel Pelissero, presidente da Mesa da Assembleia Geral da UEHP, elogiou o acolhimento e o profissionalismo das estruturas portuguesas e enalteceu o contributo histórico de Portugal para a dinâmica da UEHP e para o seu reconhecimento na Europa.

O presidente da direção da UEHP, Dr. Paul Garassus, enalteceu o dinamismo da nova presidência da APHP, os conhecimentos de economia e gestão que aporta, bem como a capacidade de relacionamento institucional ao mais alto nível – condições que considera cruciais para que a hospitalização privada se faça ouvir e o seu «reconhecimento seja uma questão de tempo, já que a qualidade ao menor custo é já uma evidência».

Sofia Silva, presidente da Entidade Reguladora da Saúde, apresentou o modelo e o âmbito de atuação daquela entidade nacional e apresentou-se como «o árbitro do mercado de Saúde». Reconheceu a existência de «um preconceito histórico em relação à iniciativa privada na Saúde, a que a ERS é alheia», e assegurou que a ERS preconiza «uma igualdade de regras de licenciamento entre hospitais públicos e privados».

Após a eleição dos novos órgãos sociais da UEHP e a aprovação do seu orçamento para 2017, abordou-se a importância dos números para traçar o perfil exato da hospitalização privada na Europa. O consultor Hans Martens apresentou o trabalho «Facts and Fiction about the role of Private Hospitals in Europe» e, em representação da AIOP Giovani, a secção juvenil da associação italiana, Alberta Sciachi, apresentou um estudo sobre os principais indicadores do setor na Europa: «Healthcare systems: challenges and strategies, what future».

Os responsáveis da hospitalização privada de mais de 15 países europeus tiveram ainda a oportunidade de conhecer, um pouco melhor, a bem sucedida experiência portuguesa de Parcerias Público-Privadas na Saúde, apresentada por Pedro Dias Alves, ex-presidente do conselho de Administração do Hospital Amadora-Sinta; bem como o enquadramento do investimento privado em unidades de saúde de regiões periféricas, como o arquipélago da Madeira, realizado pelo Dr. Paulo Sousa, diretor clínico do Grupo HPA.

No final do encontro, Jesper Luthman, diretor da Associação Dinamarquesa de Empresas de Saúde, apresentou o sistema de saúde do seu país e a missão dos hospitais privados, enfatizando que os dinamarqueses estão a despertar para os «serviços de saúde personalizados».

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