Qual o papel dos hospitais privados na Saúde?

Qual o papel dos hospitais privados na Saúde?

A Fundação Francisco Manuel dos Santos acaba de editar o livro “Saúde e Hospitais Privados em Portugal”, do Prof. Miguel Gouveia. Este ensaio retrata a evolução recente do sistema de saúde português e o contributo dos hospitais privados. A análise e a opinião do autor, surpreendente para muitos, motivou um debate na Rádio Renascença, com a presença do presidente da APHP e com o Prof. António Correia de Campos, sobre o papel dos hospitais privados na Saúde.

«O grande desenvolvimento do setor privado corresponde a enormes poupanças para o Estado. Se a prestação de cuidados realizada pelos privados fosse levada a cabo pelo SNS (mesmo que apenas parcialmente) haveria um incomportável aumento de despesas públicas. Quanto mais a procura for redirecionada para o privado, mais o Estado poupa», sustenta o autor.

Para Miguel Gouveia «existem atualmente unidades de saúde privadas com níveis de sofisticação que nada devem ao que de mais avançado se faz no SNS».

É este o contexto que motiva o autor a sugerir que «os Governos gastem mais recursos com o SNS e sobretudo que gastem mais capital político na sua reforma, na procura de um uso mais eficiente dos dinheiros públicos e de melhor saúde para os portugueses. Além de melhorar a gestão dos recursos na prestação pública e na contratualização interna, requer-se capacidade do Estado para usar as estratégias de contratualização com o setor privado».

O programa “Da capa à contracapa”, da Rádio Renascença, dinamizou um debate sobre as principais conclusões da obra, com a presença do autor, Miguel Gouveia, da Católica-Lisbon School Business & Economics, bem como de António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde; e Óscar Gaspar, presidente da APHP.

No debate específico sobre a importância que os seguros de saúde já representam o presidente da APHP relevou que «não conseguiremos convencer ninguém de que mais de 3 milhões de portugueses estão enganados e que os seguros de saúde têm uma cobertura reduzida».

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