Melhor Saúde só com envolvimento de todos
A necessidade de um trabalho conjunto entre público, privado e social, os avisos de que o caminho a percorrer é longo e de que o SNS poderá estar perto de um caminho de não retorno foram os pontos-chave das declarações emitidas na Convenção Nacional de Saúde, realizada em Lisboa, no passado dia 12 de novembro.
Na quarta edição da Convenção Nacional de Saúde, subordinada ao tema “Saúde: A Prioridade da Legislatura”, António Sales, secretário de Estado da Saúde, foi perentório ao afirmar que a primazia será dada ao setor, apesar do percurso ser longo, definindo-o como a «agenda para a década» e apelando à participação de todos.
O dia ficou marcado também pelas palavras de José Fragata, cirurgião e vice-reitor da Universidade de Nova de Lisboa, que alertou para a precariedade do SNS e para os desafios que a saúde terá num futuro próximo, como o envelhecimento, as doenças crónicas e o agravamento de custos, um cenário que considerou estar próximo de um «ponto de não retorno». A solução, segundo o médico, passará por uma «melhor gestão», «mais investimento» e a definição de «um modelo de financiamento». Para atingir esse desiderato, José Fragata considerou que «público, privado e social devem trabalhar em rede, pois o Estado não poderá assumir a prestação integral e não terá fundos para isso». Em sintonia, o presidente da APHP, Oscar Gaspar, reforçou a ideia de que a saúde deverá ser uma prioridade nacional, com o apoio do setor privado e social, enquanto parceiros indispensáveis na oferta de mais serviços e mais inovação para os portugueses.
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