Hospitais privados prontos para colaboração reforçada com o SNS
No momento em que o Presidente da República, depois de ouvir os principais atores do Sistema de Saúde, bem como todos os partidos com assento parlamentar, pondera o estado de Emergência, e independentemente dos recentes ardis que atentam contra a boa-fé e o trabalho desenvolvido pela hospitalização privada portuguesa, os hospitais privados, associados da APHP; reiteram o seu empenho na luta nacional contra a pandemia COVID-19. Mas, como a APHP tem alertado desde o início do ano, falhar o planeamento é planear falhar a assistência médica aos portugueses.
Desde março que se procurou articular com o SNS e disponibilizaram-se mesmo cinco hospitais de primeira linha para a COVID sendo que o Ministério da Saúde entendeu que, até ao momento, o SNS era autossuficiente.
No âmbito COVID, os hospitais privados cederam ventiladores, cumpriram as diretivas da DGS em relação às cirurgias não urgentes e às consultas planeadas, remeteram informação sobre capacidade instalada, reservaram camas a pedido de hospitais do SNS, entre outras ações. Por outro lado, nos últimos seis meses os hospitais privados desenvolveram a sua atividade no sentido de dar resposta às necessidades de saúde dos portugueses, têm estado a recuperar a atividade que não pôde ser realizada no período do confinamento e, tendo mantido a oferta, estão a permitir a redução da carga sobre o SNS, ao mesmo tempo que contribuem de forma ativa para a realização de centenas de testes COVID e para a atividade cirúrgica de doentes do SNS (SIGIC).
Esta disponibilidade dos hospitais privados mantém-se, mas a sua efetivação depende sempre do Ministério da Saúde. «Os hospitais privados, tal como os portugueses, desconhecem, por agora, a existência de qualquer plano de atuação e sem esse instrumento não é possível tomar decisões», explica Oscar Gaspar, presidente da APHP.
Os hospitais privados estão a desenvolver a sua atividade com normalidade e se for necessário afetar recursos de outra forma, por conveniência e necessidade do sistema de saúde, terá então de se reorganizar as estruturas de acordo com o plano que estiver definido.
«Num contexto extremo de emergência nacional que venha a acontecer e perante a incapacidade de resposta do SNS, os privados ajudarão no que for preciso. Não será preciso requisitar, uma decisão unilateral com graves consequências no curto e médio prazos, em Portugal e na União Europeia. Será suficiente planear e protocolar. Ao dia de hoje, os hospitais privados continuam à espera que o Ministério da Saúde diga o que é necessário fazer. Portugal precisa de todos neste momento difícil. Se a situação é grave, isso é um forte incentivo para que as conversas comecem o quanto antes», afirma Oscar Gaspar.
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