COVID-19 não se combate com ideologia, nem faz aceção de cor ou credo
O COVID-19 é uma ameaça em termos de saúde pública e os portugueses estão legitimamente preocupados. Este novo coronavírus ainda é uma incógnita em muitos aspetos e, por isso, se justifica a urgência com que, em todo o mundo, se multiplicam os esforços no sentido de estudar a doença e mitigar os seus impactos.
Tal como se declarou na última edição da Feedback, a newsletter da APHP, «atravessamos uma fase muito complicada (o Diretor Geral da OMS acaba de dizer que este vírus é o “inimigo público nº 1 de todo o mundo”) e temos de estar unidos e desenvolver os esforços necessários para limitar a infeção, apoiar as pessoas e controlar a doença».
Há, pois, um consenso que, a Saúde Pública é, neste momento, uma preocupação intensa e todos estamos envolvidos. Em especial, quem trabalha no setor da saúde está particularmente comprometido neste combate e, por isso, a APHP teve oportunidade de confirmar no Conselho Nacional de Saúde Pública que os hospitais privados portugueses estão em alerta, colaborantes e disponíveis para a ativação do dispositivo de saúde tido como necessário.
Contudo, parece que agora há quem queira combater o coronavírus com ideologia. Querer dividir os portugueses no exato momento em que todos devemos concentrar-nos no combate à doença é desviar a atenção do essencial.
Há muito ainda por saber, mas é certo que o COVID-19 não faz aceção de cor, credo ou ideologia. O vírus não para à porta de nenhum sistema.
O COVID-19 não é um problema de nenhum sistema de saúde em particular, nem a OMS faz qualquer discriminação no apelo que faz a todos para, em bloco, colaborarmos numa situação de crise mundial e que a todos afeta.
Os hospitais privados portugueses, que a Diretora Geral de Saúde já admitiu poderem ser ativados, mantêm a firme disponibilidade de colaborar com as autoridades de saúde, com uma clara convicção: todos não seremos demais para combater o COVID-19.
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