Convenção Nacional da Saúde 2019 – Debate “reclamou” mais articulação entre público e privado
Subordinada ao tema “A Agenda da Saúde para o Cidadão”, a edição de 2019 da Convenção Nacional da Saúde, realizada no Centro de Congressos de Lisboa, no passado dia 18 de junho, agregou ao «maior debate nacional, permanente, sobre o presente e o futuro da Saúde em Portugal» a presença de mais de 70 associações de doentes.
Estas entidades demonstraram consenso nas propostas que reclamam serviços de saúde mais articulados com o Ministério do Trabalho e Segurança Social, menos assimetrias no país e a valorização das famílias e cuidadores.
Num programa que contou com mais de 100 oradores, Manuel Pizarro, enquanto alto-comissário da Convenção, pediu «mais articulação entre o sistema público, privado e social», servindo-se dos exemplos do SIGIC e «no acordo com as misericórdias» como fonte de inspiração para «desenvolver o SNS e um sistema que sirva os utentes».
Miguel Guimarães, chairman da Convenção, não quis deixar de frisar a importância do financiamento adequado do SNS, como “ponte” para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais de saúde. «Não são aceitáveis as listas de espera para consultas e cirurgias», chamando a atenção para a questão do acesso ao SNS.
O bastonário da Ordem dos Médicos referiu ainda não ser importante discutir as parcerias público-privadas, como tem acontecido na esfera do parlamento, mas, sim, resolver os problemas que afetam as pessoas, os doentes e os profissionais.
O momento revelou-se oportuno também para Eurico Castro Alves, presidente da comissão organizadora, revelar o intuito-maior desta cimeira: «Reunir o máximo de informação, quanto ao sentir dos utentes e profissionais de saúde, e transformá-la num instrumento útil para todos aqueles que, num futuro próximo, venham a ter a responsabilidade da decisão política».
A edição de 2019 da maior plataforma de debate da saúde em Portugal destacou a voz dos doentes porque é para estes que o sistema nacional de saúde tem de ser capaz de cumprir a sua missão: criar valor para os cidadãos e cumprir a sua função de acelerador da coesão social e territorial, respondendo aos desafios de cada época.
A Convenção Nacional de Saúde concluiu que este é o momento de perguntar aos portugueses onde, no domínio da Saúde, querem ver o seu dinheiro investido.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.