SNS com “mudança estrutural” e sem preconceitos ideológicos?

SNS com “mudança estrutural” e sem preconceitos ideológicos?

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assumiu, a 15 de setembro, a necessidade de uma “mudança estrutural” do Serviço Nacional da Saúde (SNS) e o Primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu uma saúde sem «preconceitos ideológicos». Nos 45 anos do SNS, estará o Governo a pensar concretizar, em pleno, o Sistema Nacional de Saúde? O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, pelo menos, não tem dúvidas sobre a necessidade de envolver diferentes setores.

Ana Paula Martins preconizou, em cerimónia comemorativa dos 45 anos do SNS, um SNS «mais eficiente, mas acima de tudo sempre mais solidário»: «Para mantermos e reforçarmos o SNS que todos defendemos, temos de conversar sobre a sua renovação. Uma mudança que tem de começar já, mas que, sendo honestos, é uma mudança para mais do que uma legislatura».

Sem prescindir dos «valores constitucionais” do SNS, a ministra considerou que esta mudança estrutural «não é compatível com a discussão permanente da espuma dos dias e do que é pontual, que se deve «relevar o que une» as pessoas e os partidos e não o que divide, e que esta se justifica porque «no século XXI, os profissionais têm expectativas diferentes e os cidadãos têm também necessidades e aspirações diferentes».

No mesmo dia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que a saúde «não se gere com preconceitos ideológicos», num vídeo em que assinalou os 45 anos de Serviço Nacional de Saúde (SNS), que considerou «uma das conquistas mais importantes da democracia» portuguesa.

Na abertura da conferência sobre o 45º aniversário do SNS, na Sala do Senado da Assembleia da República, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, referenciou, no dia seguinte, por sua vez, ser necessária uma reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) envolvendo diferentes setores. Comentou também que o crescimento dos seguros privados reflete uma crise de confiança na saúde pública.

«É fundamental honrar o legado do SNS. E entregá-lo, preservado e melhorado, às gerações seguintes. Qualquer reforma para ser bem-sucedida e perdurar no tempo tem de ser construída com a colaboração dos vários agentes. E a reforma na saúde, creio, é hoje manifestamente necessária», afirmou José Pedro Aguiar-Branco, que destacou também a necessidade de «um sistema de saúde que cuide e acompanhe».

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