A economia da Saúde contribui para a força de Portugal

A economia da Saúde contribui para a força de Portugal

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que a APHP integra, organizou, em fevereiro, na Alfândega do Porto, um congresso com um mote preciso – “Pacto Social. Mais Economia para Todos” – e um objetivo claro: aprofundar o debate nacional sobre as escolhas para fazer crescer Portugal. A análise foi transversal e, por isso, o setor da saúde, e o seu contributo para a economia nacional, também foi equacionado, em particular por Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde, e António Portela, CEO da Bial, protagonistas de duas das entrevistas de fundo.

Para Isabel Vaz, o setor da saúde, que tem estado sob pressão, vai enfrentar “desafios gigantes” nos próximos anos, fruto do envelhecimento da população: «Vai haver muito mais procura do que a oferta disponível. Vamos ter uma procura gigante por cuidados de saúde». A solução estará em investir, ganhar produtividade, rever conteúdos funcionais, cooperar e chamar mais pessoas para o setor da saúde. «Falta um milhão de profissionais de saúde na Europa», revelou.

Para a CEO da Luz Saúde, o aumento de produtividade é uma necessidade no setor privado, mas também deve ser uma exigência do setor público, para prestar mais e melhores cuidados de saúde. Impõem-se, por isso, medidas de gestão: «Há 40% das tarefas feitas por enfermeiros que podiam ser feitas por outras pessoas».

Questionada sobre o fim das Parcerias-Público Privadas, Isabel Vaz explicou que a decisão foi da tutela do setor da saúde, que confrontou os hospitais com condições que considerou inaceitáveis.

Para o CEO da BIAL, Portugal precisa criar condições para que as empresas possam internacionalizar-se e crescer, mas isso não se faz, no seu entender, apenas com descida de impostos. Defendeu a necessidade de reformas que ajudem as empresas a crescer para ter margens suficientes para apostar na inovação e acomodar aumentos salariais, sem necessidade de recorrer ao endividamento.

O evento contou com vários painéis de discussão sobre a ambição de crescimento para Portugal: a produtividade, a retenção de talentos, a fiscalidade e o aumento dos salários. Coube a Oscar Gaspar, presidente da APHP, o Elevator Pitch do tema “Menos impostos, mais economia”, durante o qual apresentou as propostas da CIP, de redução do IVA dos produtos alimentares para 6% e de redução do IRC para 17%, até 2026.

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