Saúde preocupa mais os portugueses do que o ambiente

A Fundação Calouste Gulbenkian publicou um estudo, encomendado à Ipsos APEME, intitulado “Clima de mudança: perceções sobre os desafios ambientais em Portugal”, segundo o qual os cuidados de saúde são apontados como a maior preocupação da população portuguesa. As alterações climáticas surgem no 10º lugar do ranking de preocupações.

Entre as principais conclusões do estudo encontra-se a complexidade do envolvimento dos cidadãos portugueses com as questões ambientais e a transição para um modelo mais sustentável. Apesar de uma crescente consciência sobre os desafios ambientais, a adoção de comportamentos sustentáveis ainda enfrenta obstáculos. Um dos principais problemas é o desfasamento entre o conhecimento e a ação. Muitos cidadãos compreendem a importância da sustentabilidade, mas nem sempre a aplicam no dia a dia. A participação ativa na causa ambiental está fortemente associada ao envolvimento comunitário e institucional, sendo as organizações ambientais, autarquias, empresas e comunicação social fundamentais para impulsionar mudanças.

Os jovens surgem como um grupo-chave para o futuro da sustentabilidade. Apesar de estarem mais expostos a temas ambientais desde cedo, isso não se traduz automaticamente em ações consistentes. O estudo destaca a importância de manter o envolvimento ambiental ao longo de todas as fases da vida.

Conclui-se que a transição para uma sociedade sustentável exige uma abordagem integrada, baseada na colaboração entre cidadãos, instituições e empresas. A educação, políticas públicas eficazes, alocação de recursos e boas práticas são essenciais, bem como uma mobilização coletiva que torne a sustentabilidade uma missão comum e contínua.