«Um livro com o qual é difícil não estar de acordo»

«Um livro com o qual é difícil não estar de acordo»

Na cerimónia de apresentação do livro «Mais escolha, Mais Saúde», de Oscar Gaspar, que se realizou no dia 9 de dezembro, no Ateneu Comercial do Porto, o médico e eurodeputado Manuel Pizarro descreveu-o como «uma obra com temas estruturais para melhorar o acesso à Saúde, um pretexto para aprofundar a estruturação do Sistema de Saúde, que apresenta, com tolerância, um conjunto de medidas com as quais é difícil não estar de acordo».

Uma Lei de Meios para a Saúde, formas de financiamento ajustadas aos resultados, sistema centrado no cidadão, sistema misto e complementar e regras de licenciamento equitativas para todos os prestadores foram alguns dos temas abordados no livro e que Manuel Pizarro admitiu terem desvanecido “a desconfiança inicial com que havia olhado para a obra”, que se revela, diz, «muitas vezes premonitória». São disso exemplo os textos sobre a União Europeia, que em maio de 2020 sugerem ideias e abordagens, em resposta à pandemia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também usou muitos meses mais tarde: «A Saúde tem de ser encarada como um investimento»; «Sem saúde não há economia»; «A Saúde é geradora de valor».

Num setor em que também na Europa, a regra da Subsidiariedade (o que se faz ao nível dos Estados, não se faz a nível central) e a existência de muito modelos de saúde diferentes impedem, até ao momento, que os europeus tenham idênticos níveis de acesso à Saúde, Oscar Gaspar justifica o título provocatório da obra para afirmar que «as trincheiras público-privado não fazem sentido, porque todos têm um papel a desempenhar, como aliás a pandemia tem evidenciado». Oscar Gaspar prioriza o resultado para o cidadão e, nesse sentido, este será tanto melhor quanto mais articulado se revelar o sistema.

Editado pela By the Book, representada na sessão de apresentação pela editora Ana de Albuquerque, este livro reúne 83 textos de opinião de Oscar Gaspar, escritos nos primeiros cinco anos da sua presidência da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e tem prefácios de Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e de Augusto Mateus, ex-Ministro da Economia e professor do ISEG.

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