Qual o papel do setor privado na saúde?
A APHP e o Conselho da Saúde, Prevenção e Bem-Estar da CIP – Confederação Empresarial de Portugal dinamizaram, no dia 23 de outubro, no Centro de Congressos de Lisboa, uma conferência, que antecedeu o 46º Congresso Mundial dos Hospitais, para abordar o tema “O papel do setor privado na saúde”. Numa casa cheia, as intervenções de abertura foram de Oscar Gaspar, presidente da APHP, e de Manuel Pizarro, Ministro da Saúde.
Oscar Gaspar frisou a importância de Portugal receber o 46º Congresso Mundial dos Hospitais, o carácter histórico do consórcio português que o organizou, bem como os diversos temas que colocou na agenda de agentes do setor da Saúde de 91 países. Manuel Pizarro enviou uma mensagem, que destacava o atual contexto e desafios do setor, em Portugal e no mundo, bem como o papel do SNS na promoção da saúde.
Com o objetivo de discutir a importância da saúde na economia, bem como o papel que as empresas do setor assumem na promoção da investigação, do investimento, da produção e da prestação de serviços, a conferência contou com a colaboração de diversos especialistas e empresários.
Ricardo Reis, professor, abordou as “Parcerias Público-Privadas (PPP) na Saúde, lições das últimas décadas para a próxima”. Realçou o que se poderia ganhar se estas fossem efetivamente “uma parceria de confiança mútua, com transparência, equilíbrio e integração entre SNS com PPP e SNS sem PPP, na arbitragem do bom senso e não da litigância e no entendimento dos incentivos de parte a parte e na partilha de risco”.
“Investigação em Saúde – Inovação e Multidisciplinaridade” foi o tema da primeira mesa-redonda. Nuno Sousa, da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, Ana Paula Martins, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, e Isabel Vaz, do Grupo Luz Saúde dissertaram sobre o caminho que se tem feito neste domínio, a qualidade do investimento que se tem realizado em inovação, bem como o que ainda se pode fazer nesta área.
Guy Villax, do Health Cluster Portugal (HCP), Rui Diniz, do Grupo CUF Saúde, e Vasco Pereira, do Grupo Lusíadas, referenciaram o potencial do setor da saúde na economia nacional, destacando medidas capazes de estimular a criação de riqueza em Portugal.
Os presidentes dos três maiores grupos privados de Saúde em Portugal – CUF, Luz e Lusíadas – foram protagonistas da reflexão sobre o caminho de qualidade e equidade que se tem feito na oferta de cuidados de saúde.
O presidente da CIP, Armindo Monteiro, encerrou a Conferência, referindo que o preconceito ideológico tem prejudicado a saúde e a economia do país.
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