Portugueses nascem cada vez mais nos hospitais privados
O livro «Sexualidade e Reprodução em Portugal, Os Tempos da Pandemia», da autoria do professor Miguel Oliveira da Silva, foi apresentado este mês e, a par do que mudou na sexualidade e na reprodução em Portugal devido à pandemia de COVID19, revela que se fizeram mais partos nos hospitais privados.
Nesta obra ditada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, o autor salienta que a confiança dos portugueses nos hospitais privados é crescente também no domínio dos partos e que são vários os fatores que o justificam.
«Esta transferência de partos do SNS para o setor privado tem várias razões, antigas (em 2017 e 2018 subia já de 1,6%, de 12 077 para 12 266) e novas, estas muito expressivas quantitativamente sobre a pandemia», escreve o autor.
A melhor oferta logística do setor privado e a fidelização da relação personalizada com o mesmo clínico durante a gravidez e o parto são descritas como as mais-valias clássicas dos hospitais privados. Desde o início da pandemia, a sensação de maior segurança transmitida pelos hospitais privados e a ausência de restrições quanto à presença de um acompanhante motivaram o aumento da preferência dos portugueses em relação aos partos em ambiente hospitalar privado. O autor cita dados de um inquérito da APHP e conclui que entre março e outubro de 2019 e 2020 se registou um aumento de 6,5% de partos nos hospitais privados (de 8.165 para 8.696).
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