Pacientes, profissionais de saúde e hospitais formam ALIANÇA EUROPEIA para colocar valor e resultados no centro dos sistemas de saúde
A Aliança Europeia para o Valor na Saúde é hoje constituída por 11 associações, incluindo a União Europeia de Hospitalização Privada (UEHP), da qual a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) é um dos associados.
A Aliança Europeia para o Valor na Saúde visa CONECTAR diferentes agentes do setor da Saúde para CRIAR condições e INSPIRAR outros. As associações que a compõem (https://www.europeanallianceforvalueinhealth.eu/) representam pacientes, sociedades científicas e profissionais, gestores de saúde, hospitais, autoridades regionais de saúde e indústrias de ciências biológicas. O seu objetivo é criar sistemas de saúde baseados em valores, sustentáveis e centrados no paciente:
– Colocar no centro da tomada de decisão os resultados importantes para os cidadãos e para os doentes, bem como os benefícios valorizados pelos sistemas e sociedades de saúde;
– Organizar de forma integrada e orientada para os cidadãos e doentes os serviços de prevenção, assistência social e saúde;
– Alocar recursos para cuidados e prevenção de alto valor, com resultados e custos de cuidados medidos de forma holística;
– Basear em evidências a aprendizagem contínua, bem como a educação e melhoria da saúde;
– Promover formas inovadoras de prestação de cuidados;
– Ajustar os modelos de financiamento e os pagamentos em função do valor e dos resultados.
A Aliança emitirá opiniões sobre dossiers atuais de política de saúde e sobre os elementos específicos necessários à criação de sistemas de saúde baseados em valores; reunirá regularmente os membros das organizações que a compõem para formar uma rede de partilha de conhecimento; conectar-se-á com outros atores a nível europeu, nacional ou local que trabalhem para os mesmos objetivos; e criará um centro com a missão de disseminar o conhecimento.
O que motiva estas associações?
A Europa vive um momento crucial para os sistemas de saúde, com a pandemia de COVID-19 a colocar os sistemas de saúde sob forte stress, num contexto em que aumentam também as pressões decorrentes do envelhecimento da população e das doenças crónicas.
Com sistemas de saúde complexos, frequentemente fragmentados e com um histórico de constrangimentos, financeiros e de meios, a operar numa lógica desatualizada, centrada no tratamento de doenças agudas, afigura-se difícil atender as necessidades decorrentes dos desenvolvimentos demográficos, sociais e tecnológicos de hoje.
Nos últimos anos, há um movimento em desenvolvimento na Europa, mas também globalmente, para encontrar um novo modelo de gestão dos sistemas de Saúde, centrado nos resultados que, em última análise, importam para os cidadãos, para os doentes e como estes podem ser alcançados com a melhor utilização de recursos para o sistema e para a sociedade como um todo, sem descurar a inovação na prestação de cuidados.
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