Hospitais privados disponíveis para intensificar colaboração com SNS
Os hospitais privados já cederam cerca de 900 camas ao SNS e estão a tratar perto de 230 doentes COVID. Como se afirmou desde março de 2020, os hospitais privados estão plenamente empenhados na luta nacional contra a COVID19 e têm estado sempre disponíveis para colaborar com o SNS, dentro das disponibilidades e de acordo com o que fosse tido por conveniente pelas autoridades.
Depois de desmobilizados, em abril de 2020, do combate à COVID-19, quando dispunham de cinco hospitais, de Norte a Sul, integralmente dedicados aos diretamente afetados pela pandemia, os hospitais privados têm mantido a disponibilidade para colaborar e respondido afirmativamente às solicitações do SNS.
«Os hospitais privados continuam a dar resposta aos pedidos do SNS. A taxa de ocupação varia de região para região, aumentou substancialmente nas últimas semanas e tem levado os hospitais privados a reorganizar-se para reforçar a colaboração neste momento sensível que o país atravessa», explica Oscar Gaspar, presidente da APHP.
«Não basta ir ao Parlamento pedir ajuda. Estamos disponíveis para colaborar desde o início, mas têm de nos pedir», afirmou ao Expresso, a 24 de janeiro, Ana Isabel Soares, diretora de enfermagem do Hospital da Luz, que tinha 40% das 112 camas ocupadas com doentes COVID. Uma revisão do plano de contingência do hospital permitiu, entretanto, chegar às 70 camas COVID, 16 das quais de cuidados intensivos, duas de obstetrícia e duas pediátricas.
Ao mesmo jornal, Rui Maio, diretor clínico do Hospital da Luz, assegura que «tudo poderia estar a correr melhor em Portugal se os hospitais privados tivessem sido incluídos desde o início» neste esforço nacional de combate à COVID-19. Este ano, até ao dia 25 de janeiro, o Hospital da Luz já havia operado 235 doentes do SNS.
À TVI, a 21 de janeiro, Isabel Vaz, presidente do Grupo Luz Saúde, já havia afirmado ser necessária, neste contexto da pandemia, uma mobilização total na parceria entre SNS e privados e que o setor da saúde precisa de tranquilidade para trabalhar e dispensa ser palco de disputas políticas.
Como também confirmou, no dia 14 de janeiro, o primeiro-Ministro, António Costa, o Ministério da Saúde realizou uma reunião com grupos de hospitais privados para encontrar soluções para a grande Lisboa. Neste sentido, os hospitais privados reavaliam constantemente a sua ocupação, de forma a responder aos seus doentes e aos do SNS.
«A pandemia exige um acompanhamento permanente e sentido de responsabilidade a todos», recomendou Oscar Gaspar no webinar do Fórum Saúde Século XXI sobre o tema “COVID19: a pandemia em Portugal dez meses depois – e agora”.
O presidente da APHP realçou, nesse encontro digital, que «o atual momento é muito grave, com o sistema de saúde sob grande pressão, que exige o empenho de todos nesta causa nacional. Os hospitais privados asseguram que se o sistema de saúde for assumido enquanto tal será possível ter mais e melhor saúde em Portugal».
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