Hospitais privados de Portugal e Espanha subscrevem Declaração de Madrid

Hospitais privados de Portugal e Espanha subscrevem Declaração de Madrid

No âmbito da IV Cimeira Ibérica de Hospitais Privados, que se realizou em Madrid, a 5 e 6 de junho, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), a Aliança de Saúde Privada de Espanha (ASPE) e ainda a União Europeia da Hospitalização Privada (UEHP) subscreveram a “Declaração de Madrid”, na qual manifestaram a sua preocupação com a escassez de profissionais de saúde, em especial médicos e enfermeiros, e pedem medidas adequadas para atrair jovens para o setor.

Esta é uma das 10 recomendações que constam da declaração conjunta que assinala esse encontro bilateral e que, segundo os organizadores, procurou analisar “a situação dos sistemas de saúde dos dois países, o enquadramento da sua atividade e refletir sobre temas de especial importância, como a gestão dos recursos humanos e a relação com os pagadores, nomeadamente seguradoras e subsistemas de saúde”.

Representando 90% e 80%, respetivamente, dos hospitais privados de cada país, APHP e ASPE subscreveram a “Declaração de Madrid”, que contém várias recomendações dirigidas, entre outros, aos seus associados e aos responsáveis políticos.

No documento “alertam os financiadores para a necessidade de ter em conta a evolução dos custos com a saúde decorrentes dos aumentos gerais (inflação), mas também das especificidades do setor (escassa mão de obra, inovação nos medicamentos e dispositivos médicos, inovação cirúrgica)”.

As duas associações ibéricas avisam ainda os responsáveis pelas políticas de saúde “para o potencial existente na articulação entre os setores público e privado, em termos assistenciais e financeiros, e para o perigo de algumas medidas implicarem a fragilização ou desmantelamento da oferta privada”.

Rejeitando “quaisquer iniciativas discriminatórias entre operadores (de caráter regulatório, financeiro, ajudas de Estado), que desestruturam o setor, criam instabilidade e penalizam os cidadãos e os profissionais”, solicitam também, aos respetivos Ministérios da Saúde, “uma implementação adequada do Espaço Europeu de Dados de Saúde, com envolvimento dos parceiros privados em todo o processo e mecanismos de financiamento dos investimentos necessários”.

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