Dois países, desafios idênticos na hospitalização privada
Na conferência de imprensa que ocorreu no final da III Cimeira Ibérica de Hospitais Privados, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Oscar Gaspar, e o presidente da Aliança da Saúde Privada Espanhola (ASPE), Carlos Rus, enfatizaram o que motiva ambas associações a realizar esta iniciativa anual, bem como alguns dos constrangimentos e entraves que ambos encontram, nos dois países, ao natural desenvolvimento da hospitalização privada.
Oscar Gaspar defendeu mais parcerias entre prestadores de cuidados de saúde e mais planeamento, para evitar situações, como as recentes, de faltas de médicos. Aos jornalistas, sobre a disponibilidade dos hospitais privados para auxiliarem na atual crise das urgências hospitalares, assegurou: «O Ministério da Saúde sabe quais são as capacidades que estão instaladas no sistema português, sabe exatamente quantas camas, médicos, em que áreas estamos. O que temos dito é que do nosso lado há disponibilidade, desde logo para o diálogo, para perceber quais são as necessidades do público e também podermos trabalhar em conjunto».
Neste contexto, o presidente da APHP considerou um erro o fim das PPP e garantiu que «as parcerias são uma parte da solução. Sou dos que acreditam que era importante avançar mais nas parcerias».
A questão da falta de médicos foi igualmente mencionada por Carlos Rus, que disse ser esse um dos grandes problemas na área da saúde em Espanha, onde 95% dos hospitais privados dizem ter problemas de contratação de pessoal de enfermagem, e 58% dos hospitais a admitirem problemas na contratação de especialidades médicas.
Tomás Merina, presidente da Dokter Capital, sintetizou as opiniões dos parceiros de painel: «A inovação digital na Saúde não conhece fronteiras. Nem entre público e privado. Nem entre Portugal e Espanha».
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