Convenção Nacional de Saúde defende o aproveitamento de todos os recursos do Sistema Português de Saúde

Como a Saúde é uma preocupação para os portugueses, na Convenção Nacional da Saúde (CNS), os diferentes agentes do setor (associações de doentes, hospitais, farmácias e indústria farmacêutica, Ordens profissionais, entre outros) debateram as prioridades para a nova legislatura. A todos os oradores revelou-se comum a ideia de que este é o momento de dar resposta, quer às necessidades presentes, quer às que já se perspetivam.

Para o eurodeputado Manuel Pizarro, «sem saúde não há economia, nem há desenvolvimento dos países». O eurodeputado socialista Manuel Pizarro defendeu a criação de uma nova autoridade, destinada à promoção da saúde, cujo trabalho seria financiado pelas receitas da taxa sobre as bebidas açucaradas.

No painel relativo à recuperação da atividade assistencial não Covid, Oscar Gaspar, presidente da APHP, reafirmou que os hospitais privados já proporcionaram em 2021 mais 14% de consultas, 11% de cirurgias e 33% de ressonâncias magnéticas do que antes da pandemia. Ressalvou, contudo, que «ainda há muito a fazer» e que os hospitais privados «estão disponíveis para dar um contributo acrescido no âmbito do sistema de saúde».

O reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, colocou o seu foco nessa rentabilização dos recursos da Saúde: «É necessário olhar para o Sistema Nacional de Saúde, para todos os prestadores de modo verdadeiramente complementar. É necessário evitar duplicações, que se traduzem em gastos desnecessários e que em nada beneficiam a saúde do doente, que é o que realmente importa».

Do mesmo modo argumentara, momentos antes, o presidente da Comissão Organizadora da CNS, Eurico Castro: «É urgente recuperar a atividade assistencial para os níveis pré-pandemia, sem qualquer preconceito de ordem ideológica e recorrendo a todos os meios disponíveis».