APHP na criação do Instituto de Saúde Baseada na Evidência

APHP na criação do Instituto de Saúde Baseada na Evidência

O novo Instituto de Saúde Baseada na Evidência (ISBE), apresentado no dia 12 de setembro, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tem na APHP um parceiro fundador, em conjunto com as Faculdades de Medicina e de Farmácia da Universidade de Lisboa, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e a Plataforma “Saúde em Diálogo”.

«Vamos trabalhar para que cada vez mais o sistema de saúde responda às necessidades dos cidadãos e para que haja dados objetivos para as decisões de política de saúde», explica Oscar Gaspar, presidente da APHP, a respeito dos propósitos dos fundadores.

Esta nova associação privada sem fins lucrativos pretende ser «um espaço de encontro, integração e partilha da Academia, de Investigadores e de outros Parceiros, dedicados ao desígnio de gerar, disseminar e operacionalizar conhecimento científico no setor da Saúde».

A medicina baseada em evidências faz uso da melhor informação científica disponível para responder questões da prática clínica. O ISBE pretende ajudar decisores políticos, médicos e doentes a fundamentar as suas escolhas com informação científica de qualidade.

Presidido por Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, o ISBE conta ainda com António Vaz Carneiro, na liderança do seu Conselho Científico.

«Cada vez mais vamos necessitar de informação científica de alta qualidade. […] Tudo vai necessitar de informação a quatro níveis: os políticos responsáveis têm de ter mais informação de alta qualidade para decidir sobre políticas públicas, os médicos também para decidirem sobre as terapêuticas, os administradores para definir sobre as estratégias a usar e os próprios doentes», disse à Lusa António Vaz Carneiro, um dos investigadores associados do ISBE.

O ISBE pretende ser um local de «independência intelectual» porque, defende o professor, «os sistemas modernos vão necessitar massivamente de informação. Daqui a cinco ou 10 anos ninguém vai decidir bem sem a informação necessária e institutos como este vão ocupar um espaço muito determinante».

As áreas prioritárias de investigação serão a epidemiologia e `big data` (trabalhar as grandes bases de dados), a inteligência artificial na Saúde, a saúde pública e as políticas de saúde, investigação de resultados (por exemplo, analisar se fechar um serviço o que acontece a um hospital), avaliação de tecnologias da saúde e a translação do conhecimento.

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