APHP inicia conferências de imprensa anuais para balanço da atividade dos hospitais privados
Após vários meses de desafios impensáveis e inúmeras limitações impostas pelo contexto pandémico à atividade da hospitalização privada, a APHP iniciou, no dia 18 de março, um ciclo de conferências de imprensa anuais, que pretende realizar sempre nos primeiros meses de cada ano, para balanço da atividade do ano transato.
Aos jornalistas, para além de dar conta que a hospitalização privada passou uma parte do ano a ser alvo de discriminação e de apreciações dogmáticas, «no exato momento em que era mais necessário e óbvio que todos os recursos deveriam ser harmoniosamente coordenados para fazer face a uma ameaça global», como argumentou o presidente Oscar Gaspar, a APHP divulgou os principais indicadores da atividade dos hospitais privados portugueses e como estes demonstraram estar à altura das responsabilidades e continuam fortemente motivados para oferecer mais saúde aos portugueses e contribuir para um sistema de saúde sustentável e de maior qualidade.
Os 119 hospitais privados, com os quais colaboram 15529 médicos e 7655 enfermeiros, responderam por um terço da atividade assistencial portuguesa e realizaram, no ano passado, 6,3 milhões de consultas, 167,8 mil cirurgias (15284 das quais ao abrigo do SIGIC), 820 mil episódios de urgência, 11 943 partos, tendo registado 531 315 diárias.
Nesta primeira conferência de imprensa, que se realizou por via digital, Oscar Gaspar enfatizou ainda que o processo de vacinação anti-COVID19 dos profissionais de saúde definidos como prioritários na hospitalização privada não estava concluído e que a colaboração com o SNS, no quadro do esforço nacional contra a pandemia, «ficou aquém do que era possível e do que os privados estavam disponíveis para pôr ao serviço dos portugueses».
O presidente da APHP frisou que, de meados de abril até ao final do ano, «o Ministério da Saúde entendeu que o SNS seria autossuficiente e não houve doentes do SNS a serem tratados nos hospitais privados». Os pedidos de colaboração chegaram apenas no período crítico da pandemia: «Em janeiro e fevereiro, quando a situação esteve pior, houve um recurso aos privados, que deram tudo aquilo que podiam dar» – tratamento de doentes COVID, tratamento de doentes não COVID, cedência de equipamento, blocos operatórios, enfermarias e até de hospitais.
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