APHP defende organização da Saúde com foco nas necessidades do cidadão
No Fórum da TSF, do passado dia 22 de junho, consagrado ao SNS, o presidente da APHP defendeu que o que interessa é olhar a Saúde na ótica do cidadão, de forma a encontrar as soluções de que o setor realmente precisa.
Alertando para a necessidade de se rever a Lei de Bases da Saúde «a olhar para a frente e não para trás», observou que Portugal tem um hoje sistema de saúde misto, «que se tem desenvolvido bem, que tem respondido às necessidades», mas que enfrentará, no curto prazo, enormes desafios: «a carga de doença crónica, a pressão da tecnologia e do custo cada vez mais oneroso das prestações dos cuidados de saúde».
Para Oscar Gaspar é, assim, imperioso que se encontrem soluções que permitam «que os portugueses tenham acesso a um sistema de saúde universal, que na ótica pública seja tendencialmente gratuito, mas que responda de facto às necessidades dos portugueses em termos de ganhos de saúde».
O presidente da APHP considerou que, na Saúde, se discutem muitas questões instrumentais, que não são o que mais interessa ao cidadão: «O problema da Saúde não está, por exemplo, nas PPP’s. A questão das PPP’s é absolutamente instrumental.
Os portugueses de Braga ou de Loures, ou de Vila Franca de Xira, ou Cascais, não estão preocupados com o facto do hospital ser gerido por privados.
O que lhes interessa é que o hospital esteja lá, tenha sido construído a tempo e horas, tenha sido construído sem nenhum tipo de derrapagem financeira e preste os melhores cuidados de saúde.
E, ainda por cima, sabendo que os estudos independentes, nomeadamente do Ministério das Finanças, demonstram que poupam entre 20 a 25% do erário público todos os anos».
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