APHP e ASPE desafiam Portugal e Espanha a colocar capacidade dos hospitais privados ao serviço dos cidadãos
Os presidentes da APHP e da ASPE consideraram, nas suas intervenções, que, apesar dos constrangimentos ideológicos que ainda persistem, Portugal e Espanha necessitam iniciar um novo ciclo de políticas públicas no domínio da Saúde, focadas no cidadão e nos resultados.
«Sem prejuízo do caráter estrutural das instituições públicas para o SNS português, seria importante para o desenvolvimento do setor, mas também para o alargamento da oferta e do acesso dos doentes que houvesse um aproveitamento eficiente dos recursos existentes no sistema», afirmou Oscar Gaspar, presidente da APHP.
Nessa perspetiva, considerou inaceitável que se mantenham entraves administrativos à iniciativa dos privados no setor da saúde, «tanto mais quando tal viola a equidade». Não querendo alongar-se a listar vários dos chamados “custos de contexto”, o presidente da APHP preferiu destacar que «tem de eliminar-se rapidamente o caráter excessivo e discriminatório do processo de licenciamento dos hospitais privados».
Cristina Contel, presidente da ASPE, considerou, por sua vez, que «o mais importante para o paciente não é a quem pertence o serviço de saúde que utiliza, mas antes temas como a qualidade do tratamento, os tempos de espera e o financiamento dos cuidados de saúde».
A presidente da ASPE considerou que «melhorar o desempenho dos sistemas de saúde ibéricos passará por oferecer ao cidadão uma rede de saúde que o proteja e oriente (prevenção), informação correta e oportuna (formação), simplicidade no acesso (agilidade e transparência) e uma resposta pronta, eficiente e integrada».
Para ambos os presidentes, a liberdade de escolha, num contexto de cobertura universal, é o vetor fundamental para colocar os sistemas de saúde ao serviço do cidadão.
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